Felipe Bardi faz história e bate o recorde brasileiro dos 100 m, com 9.96

O velocista paulista de Americana superou a marca de seu amigo e companheiro de treino Erik Cardoso, em Santo André, que era de 9.97; os dois atletas treinados por Darci Ferreira da Silva foram os primeiros a correr a prova em menos de 10 segundos no Brasil

Erik e Felipe Bardi Foto: Wagner Carmo/CBAt

O paulista Felipe Bardi dos Santos (SESI-SP) bateu na manhã do sábado (9/9) o recorde brasileiro dos 100 m na disputa do Troféu Bandeirantes, evento da Federação Paulista de Atletismo, no Centro de Atletismo Professor Oswaldo Terra, em São Bernardo do Campo (SP). Ele passou a ser o segundo brasileiro a quebrar a barreira dos 10 segundos, oficialmente, com 9.96 (1.0). O primeiro foi Erik Cardoso, companheiro de Felipe nos treinos em Santo André. O também paulista havia corrido a prova do Campeonato Sul-Americano, em São Paulo, em 9.97 (0.8), no dia 28 de julho.

Além do recorde brasileiro, Felipe Bardi está qualificado para a disputa dos Jogos Olímpicos de Paris-2024, assim como Erik Cardoso, ambos treinados por Darci Ferreira da Silva. O recorde brasileiro de Robson Caetano, de 10 segundos cravados, resistiu de 1988 até 2023.

No cronometro do estádio, Felipe chegou a tirar foto com o tempo de 9.97, mas que posteriormente foi corrigido pela arbitragem eletrônica para 9.96.

Rodrigo Pereira do Nascimento (Pinheiros-SP) ficou com a medalha de prata, com o bom tempo de 10.06, seguido de Gabriel Aparecido dos Santos Garcia (ACA-SC), com 10.10.

Felipe Bardi em Budapeste Foto: Wagner Carmo/CBAt

Tanto Felipe, como Erik e Rodrigo do Nascimento representaram o Brasil no Campeonato Mundial de Budapeste, disputado em agosto, na Hungria. Este ano, a temporada está atípica porque os melhores atletas brasileiros se prepararam para disputar ainda os Jogos Pan-Americanos de Santiago, no Chile, de 29 de outubro a 5 de novembro.

“Foi um grande dia e estou muito feliz, agradecendo a Deus sempre. Sabia que esse resultado iria sair. Voltei do Mundial, descansei, entrei na prova relaxado”, afirmou Bardi, de 24 anos. “O Erik abriu a porteira e agora outros atletas podem correr abaixo de 10 segundos. O Rodrigo e o Gabriel mostraram hoje que podem correr na casa dos 9 segundos”, disse. “O Erik é muito meu amigo, dividimos o apartamento em Santo André. Ficamos quase 24 horas juntos.”

Felipe disse que tem muito a melhorar ainda tecnicamente. “A minha saída do bloco não é boa, tenho de acelerar muito. Depois dos 50 m para frente vou muito bem. O foco agora é os Jogos Pan-Americanos de Santiago, Queria um marca boa para garantir minha participação no Chile, mas não imaginava tudo isso”, comentou. “Agradeço todo o apoio que tenho recebido da CBAt, das Loterias Caixa, do COB e do meu clube.”

O treinador Darci Ferreira disse que o resultado foi comemorado com um abraço entre ele e seus dois atletas e com muita emoção e choro por parte da mãe de Felipe. “Ainda ontem a gente teve um treino e eu disse para um repórter da Band que tanto o Felipe quanto o Erik estão preparados para correr na casa dos 9.90. Mas eu havia reduzido a carga de treinos da semana para o Felipe porque ele ia correr no Troféu Bandeirantes. Era para correr abaixo do 9.95 no Mundial, mas por algum motivo isso não aconteceu”, disse Darci. O treinador disse que “era tudo ou nada” pela vaga no Pan-Americano.

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