
As primeiras medalhas
As primeiras medalhas do Campeonato Brasileiro Interclubes Loterias Caixa Sub-18 de Atletismo saíram na prova do salto com vara feminino: ouro para Luíza Camargos Batista (SESI-SP), com 3,62 m, prata para Rafaela Stinghen Neri (APA/SECEL Jaraguá do Sul-SC), com 3,30 m, e bronze para Fernanda Bueno Meurer Ignácio (Sogipa-RS), com 3,10 m. O Brasileiro começou nesta sexta-feira (11/8) e prossegue até domingo (13/8), na pista da Universidade Tiradentes, em Aracaju, Sergipe.
Luíza, de 16 anos – faz 17 em setembro -, comemorou o primeiro título brasileiro no atletismo e também sua melhor marca pessoal – “era 3,51 m, melhorei em 11 centímetros”. Praticou ginástica artística por quatro anos e handebol, que parou na pandemia por ser coletivo. Daí migrou para o atletismo, em Presidente Prudente, sua cidade natal. Mas desde o começo do ano mudou-se para São Paulo para treinar e competir pelo SESI, juntamente com o seu treinador Yuri Ventura.
“Sempre gostei de praticar esportes, desde muito pequena. Quando eu cheguei no atletismo, pelo meu histórico com a ginástica, fui direto para o salto com vara – faço a prova há dois anos”, disse Luíza, que conhece “todas as meninas do salto”, como a campeã mundial e recordista sul-americana Fabiana Murer e Juliana De Menis Campos, na seleção brasileira que segue para o Mundial de Budapeste, na Hungria, de 19 a 27. “Convivo com todas as meninas no Centro Olímpico e me inspiro em todas. A Fabiana mesmo já deu a mim e ao meu treinador uma dica – para manter o braço esticado na verticalização do salto – que eu usei e deu certo.”
Luíza também convive com os atletas do SESI-SP como Erik Cardoso, o primeiro brasileiro a correr sub-10 segundos nos 100 m no atletismo (9.97, no Sul-Americano, em São Paulo, dia 28/7). Inclusive divide apartamento com a namorada de Erik, Giovana Rosália dos Santos. “Dividimos as tarefas e estou muito feliz porque está tudo dando certo. É bom viver nesse ambiente e meu sonho é um dia estar numa Olimpíada e num Mundial.”
Wesley Dionisio e Hakelly de Souza, os mais velozes do Brasileiro Sub-18

A disputa dos 100 m foi um dos destaques do programa de provas da tarde da sexta-feira (11/8) no Campeonato Brasileiro Interclubes Loterias Caixa Sub-18 de Atletismo, que prosseguiu até domingo (13/8), na pista da Universidade Tiradentes, em Aracaju, Sergipe. E tanto no feminino quanto no masculino os campeões levaram os seus primeiros títulos brasileiros: Hakelly de Souza, da AECD Macaé-RJ, com 12.50 (-0.5 m/s), e Wesley Dionísio da Silva, da AD Centro Olímpico-SP, com 10.87 (-1.3 m/s).
“Estou bem feliz por meu título brasileiro porque só treino atletismo desde o ano passado. Tenho 9.37 nos 75 m e ainda sou sub-16”, disse Hakelly, de 14 anos. Ela foi descoberta pelo professor Hiller Franco, no Programa Atletismo Macaé, projeto sócio-educacional desenvolvido no contraturno da escola, uma parceria do CIEP 455 Maringá, das Secretarias de Educação e Esportes da Prefeitura de Macaé, com patrocínio da Etesco, uma empresa offshore da área do Petróleo.
“Treinamos na quadra da escola e nos arredores, em praças e na praia”, comentou o professor. O “espelho” de Hakelly é Nykolli Alves, dos 400 m com barreiras, sua colega de projeto, “que já disputou o Troféu Brasil”.
A prata ficou com Ana Karoliny Almeida (Metahum/Fecop), com 12.55, e a medalha de bronze com Isadora Pereira (Clube Espéria-SP), com 12.66.
Wesley Dionísio, de 17 anos, é atleta do estruturado projeto do Centro Olímpico, da Prefeitura de São Paulo. “Eu estava feliz, confiante”, disse o atleta que treina desde os 10 anos, em 2016, quando passou em uma peneira. Mora no bairro Butantã e vem de metrô até o treino no Centro Olímpico. Compete nos 100 m e nos 200 m e tem como ídolos os velocistas jamaicano Usain Bolt e o brasileiro Paulo André Camilo de Oliveira. Mas se inspirou em outro velocista, Erik Cardoso, para apontar para o céu e agradecer na largada e chegada.
A medalha de prata foi conquistada por Matheus Gama (IPEC Londrina FEL-PR), com 11.00, e a de bronze com Pedro Henrique Ramos Dutra (Teutônia), com 11.02 (014), numa chegada muito apertada com o quarto colocado, Tiago Bonfim (CASO-DF), com 11.02 (018).
O barreirista Vinícius de Brito homenageia o pai na vitória dos 110 m

O barreirista Vinícius de Brito (Acarisul-SC) levou a foto do pai Gelson de Brito falecido ao pódio do Campeonato Brasileiro Interclubes Loterias Caixa Sub-18 de Atletismo, no sábado (12/8), uma homenagem de um atleta que queria jogar futebol quando conheceu o atletismo há poucos anos e já chegou à seleção brasileira.
“Neste domingo é Dia dos Pais e tenho certeza que ele está me acompanhando sempre”, disse Vinícius sobre a homenagem. Vinícius conquistou a medalha de ouro nos 110 m com barreiras tornando-se bicampeão sub-18 com 14.14 (-3.1 m/s). Victor Chaves dos Santos (Orcampi-SP) ficou com a medalha de prata (14.32) e Paulo Henrique Batista (APA Secel Jaraguá do Sul-SC) com a de bronze (14.41).
Vinícius lamentou o vento forte contra no momento de sua prova na Unit – havia feito 13.49 no Estadual e esperava melhorar essa marca. “A pista é rápida, mas eu tenho tempos melhores em pistas menos velozes. O vento contra atrapalhou”, comentou o atleta, que desde 2021 vem experimentando uma ascensão na carreira.
Além desse segundo título de campeão brasileiro sub-18 (é o segundo colocado no Ranking Brasileiro da prova) nos 110 m com barreiras, Vinícius também foi campeão nacional e do Sul-Americano de Bogotá sub-20 neste ano nos 400 m com barreiras, com 51.98, tempo que é o seu melhor pessoal e o coloca como líder do Ranking Brasileiro. Seu objetivo é vencer os 400 m com barreiras neste domingo e assegurar vaga na seleção brasileira no Ibero-Americano de Lima, no Peru, marcado para o período de 15 a 17 de setembro.
“Parece irreal, tem sido tudo muito ligeiro. Em 2021, eu disputei o Olesc, Jogos do Estado (SC), me qualifiquei para os Jogos da Juventude e começou a dar tudo certo, com todos os objetivos sendo cumpridos. Estou confiante nos resultados”, disse Vinícius, que treina com Jeferson Bagatoli, o Jefinho.
Vinícius comenta que foi ao Estádio Municipal Alfredo João Krieck de Rio do Sul quando tinha 12 para 13 anos para jogar futebol. “Eu fui para jogar futebol. Entrei na sala errada, a sala do futebol era ao lado a do atletismo. Pedi para treinar e comecei a correr, achava que era atividade física e só descobri quase um mês depois quando perguntei ao Jefinho quando tinha treino com bola”, contou Vinícius. “Aqui não é futebol, é atletismo”, ouviu do treinador. “Eu já estava, gostei e resolvi ficar no atletismo”, acrescentou.
Nos 100 m com barreiras, a final a vitória foi de Beatriz Monteiro da Silva (ASPMP-SP), com 14.19 (-1.9 m/s), com Pietra Campbell Simões (Praia Clube/Exército/Futel-MG) em segundo (14.29) e Ana Beatriz Corassini (Instituto Foz-PR) em terceiro (15.31).
ATLETA MAIS COMPLETO – Nas provas combinadas do decatlo Henrique Rodrigues Pinto (Orcampi-SP) foi bicampeão, com 5.909 pontos. Thiago Prestes Schuh (Praia Clube/Exército/Futel-MG) conquistou a medalha de prata com 5.771 e Otávio Santos Gonçalves (APA Petrolina-PE) a de bronze (5.675).
“Eu fiz o meu PB no arremesso do peso, nos 400 m, no salto com vara e nos 1.500 m”, disse Henrique que está nas combinadas desde o sub-14 quando fazia pentatlo. Iniciou no Sesi, mas foi para a Orcampi, em Campinas, em 2020, e treina com Aline da Silva. “Me empolga esse título. Tenho vários planos para o ano que vem, temporada de Mundial Sub-20, e agora vou mirar os 7.000 pontos”, disse Henrique.
Amanda Miranda e Carlos Domingos levam o ouro nos 400 m no Brasileiro Sub-18

Amanda Miranda da Silva (Geração Atletismo Cianorte-PR) e Carlos Eduardo Lara Domingos (AD Centro Olímpico-SP) que vieram de Mayagüez, em Porto Rico, onde disputaram com a seleção brasileira o Pan-Americano Sub-20, venceram os 400 m na terceira etapa do Campeonato Brasileiro Interclubes Loterias Caixa Sub-18 de Atletismo, no sábado (12/8).
Amanda Miranda, que é recordista brasileira sub-18 nos 400 m com barreiras, venceu os 400 m rasos pela primeira vez num Brasileiro (55.75). Nayane Beatriz Xavier (ADEPOL-DF) levou a medalha de prata (57.26) e Grazielly Vanderlei Sena (Fundact-SP) – que também disputou o Pan Sub-20 – a de bronze (57.32).
Amanda disse que gostou bastante da corrida. “Dei o meu melhor e fico muito feliz com o título e por dar orgulho para os meus pais, equipe e patrocinadores e agora vou focar nos 400 m com barreiras no domingo. O calor estava bem forte, mas estou gostando muito de Aracaju”, disse Amanda que integrou o revezamento 4×400 m medalha de bronze no Pan Sub-20.
Carlos Eduardo levou a medalha de ouro com 49.73. Maurício dos Santos Souza Oliveira (APADA-MT) levou a prata (49.74) e Leonardo Abarbo (SEL/CMB-SP) o bronze (50.03).
Carlos, morador de Cidade Tiradentes, Zona Leste de São Paulo, passou por peneira para entrar no atletismo do Centro Olímpico e conforme explicou o treinador Rogério Welington Sousa Novaes “além do biotipo de meio fundista tem uma grande velocidade”. “O foco dele são as provas de meio fundo. Vem evoluindo a cada semestre, a gente percebe o talento dele não só na parte física, mas no psicológico e cognitivo. Vem amadurecendo bem e ganhando experiência, inclusive internacional”, afirmou o treinador.
Carlos, que integrou o revezamento 4×400 m que ganhou o bronze para o Brasil no Pan, disse que foi uma experiência muito positiva. “É impressionante o nível do atletismo internacional. Foi um grande aprendizado.”
Outro destaque da jornada foi Juliany Francisca da Costa (Geração Atletismo Cianorte-PR) que levou ouro nos 2.000 m com obstáculos em 7:17.23. Depois de vencer Juliany deitou na pista e chorou pelo seu melhor tempo pessoal e por ter aumentado em muito as suas possibilidades de ir ao Ibero-Americano de Lima, no Peru, marcado para o período de 15 a 17 de setembro.
De acordo com os critérios fixados pela Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) serão chamados 20 atletas mais bem colocados no Ranking Ibero-Americano, no máximo dois por prova individual (1/1 a 13/8). A participação no Brasileiro Sub-18 é pré-requisito para a convocação – para serem convocados os atletas precisam obter a primeira ou a segunda colocação, além da posição no ranking.
“Estávamos trabalhando para ela correr abaixo de 7:20 e melhorar as chances de ir ao Ibero e deu certo. Ela era a terceira do Ranking Brasileiro, correu poucas vezes a prova este ano devido a participação dela no Sub-20 fazendo os 3.000 m com obstáculos. Graças a Deus cumprimos o nosso objetivo e fizemos a nossa melhor marca”, disse a treinadora Tamires Aparecida dos Santos.
Isadora da Silva (Pique do Atletismo-CE) ficou com a medalha de prata nos 2.000 m com obstáculos (7:21.65) e Nataly Galdino Alves (ASPA-PB) com a de bronze (7:35.61).
Provas de campo e meio fundo destacam clubes que formam jovens atletas
A vitória de Luise Rosa Braga, do CASO-DF, nos 1.500 m e o pódio duplo no arremesso do peso de Alessandro Borges Soares e Alberto dos Santos Filho, da Nipo Brasileira SMLER Araçatuba-SP, mostraram o bom trabalho que vem sendo feito pelo Brasil na formação de jovens atletas na segunda etapa do Campeonato Brasileiro Interclubes Loterias Caixa Sub-18 de Atletismo, no sábado (11/8).
Luise Rosa Braga venceu a sua primeira corrida de 1.500 m num Brasileiro Sub-18 – fazia 400 m e 800 m – e comemorou o resultado. “É uma prova muito nova para mim. Foi o professor Sena (João Sena Bonfim, pai do marchador Caio Bonfim e responsável pela CASO) que me mudou de prova. Mesmo treinando eu não estava rendendo. Meu corpo estava pedindo essa mudança e está obedecendo a preparação”, disse Luíse, que já foi campeã sub-18 nos 800 m, em 2022, e campeã sub-20 este ano, também bronze no Sul-Americano de Bogotá.
Luise Rosa Braga levou o ouro com 4:45.27, seguida por Camila Ramalho de Campos (AETA – Atletismo Taubaté) medalha de prata com 4:45.52 e Julia Silva Gonçalves (Barra do Garças-MT), que ficou com o bronze 4:52.17.

Alessandro Borges Soares venceu o arremesso do peso com 19,11 m, com Alberto dos Santos Filho em segundo, com 18,87 m. A medalha de bronze ficou com Pedro Rafael Modesto (ADC do Vale), com 17,19 m. “Ela dá a sabedoria de quando era atleta e é bom ter competitividade também no treino”, afirma Alessandro sobre os treinos com Andrea Pereira Britto e o colega de equipe, em Araçatuba, Alberto. “A prova me escolheu, eu fazia 75 m – cheguei a competir Jogos Escolares na distância”, disse o atleta que tem 1,82 m e é muito forte. Comemorou o seu primeiro título sub-18, mas já era campeão sub-16, ouro conquistado em 2022, em Timbó.
Kimberly Cruistiny de Souza Assiz (PM Colombo-PR) levou a medalha de ouro, com 57,64 m, seguida por Maria Laura Correa (Sogipa-RS), com 54,69 m e Maria Eduarda Pinzan Alonso (Instituto Foz-PR), com 48,11 m. “Gostei porque consegui ter uma cabeça diferente na prova, me controlar, crescer durante os lançamentos”, disse Kimberly, de 16 anos, comemorando o título de bicampeã brasileira – também é recordista brasileira sub-16 (58,64 m), marca que bateu no Brasileiro Sub-18 de 2022. Os resultados de Kimbely também comprovam o bom trabalho do treinador Rodrigo da Silva, em Colombo, Paraná.
No salto triplo, Gabriel Machado Martins Dutra (ASA Sorriso-MT) conseguiu o seu recorde pessoal e o primeiro título em um Campeonato Brasileiro Sub-18 ao saltar 14,66 m. Aos 16 anos, ele já havia sido campeão sub-16 no triplo e no altura. “Estou feliz porque fui consistente na prova e fiz o meu PB”, afirmou.
Gabriel treina com Marcos Vieira no Estádio Municipal de Sorriso. “Fui convidado pelo Marquinhos e pela Mirieli Staili (vice-campeã mundial sub-20) para praticar atletismo durante uma visita que eles fizeram a minha escola no Jardim Bela Vista”, contou. “Fui e gostei.”
Mateus Luiz de Farias Leite Borges (Endurance Sports-AM) garantiu a medalha de prata, com 14,41 m (2.0), enquanto Luan Robert Souza Ramiro (USIPA-MG) levou o bronze, com 14,22 m (1.7).
Jornada de duplo ouro no Brasileiro Sub-18
A quinta etapa do último dia de competições do Campeonato Brasileiro Interclubes Loterias Caixa Sub-18 de Atletismo foi de muitas conquistas do segundo ouro por vários atletas nas provas de pista realizadas na Universidade Tiradentes (Unit), em Aracaju (SE). Conquistaram o duplo ouro a velocista Hakelly Maximiano da Silva, nos 200 m, Amanda Miranda e Vinícius de Brito, nos 400 m com barreiras, Luíse Rosa Braga e Vinícius Moraes Costa, nos 800 m.

Hakelly da Silva (AECD-Macaé-RJ), de apenas 14 anos, que pratica atletismo há um ano e já havia levado a medalha de ouro nos 100 m, venceu também os 200 m, em 25.34 (-2.3 m/s), com Letícia Evelyn Lopes (IPEC Londrina-PR) em segundo (25.68) e Isadora Pereira (Clube Espéria-SP) em terceiro (25.73). “É muita alegria para mim, é incrível, estou superfeliz porque não esperava ganhar as duas provas no meu primeiro Brasileiro”, afirmou.
O ouro dos 200 m masculino foi conquistado por Paulo Henrique Pedroso (APA SECEL Jaraguá do Sul-SC), com 21.51 (0.0). Matheus Gerônimo Gama (IPEC Londrina-PR) ficou com a medalha de prata (21.81) e Wesley Dionisio da Silva (AD Centro Olímpico-SP) com a de bronze. A equipe de Jaraguá do Sul mostrou no Brasileiro que vem formando um bom time de velocistas. “Um camping da CBAt foi o que inspirou a todos nós a trabalhar com as provas de velocidade. Temos a sorte de ter talentos que seguem o treinamento e confiam no trabalho”, disse o treinador Cleberson Wagner.
Acrescentou que o projeto de Jaraguá do Sul tem uma pista de atletismo sintética e pública no bairro São Luiz, de muita população em volta, o que facilita oferecer atletismo para crianças a partir dos 12 anos, ainda na categoria sub-14. O projeto tem hoje 100 atletas. Paulo chegou no atletismo em 2017 foi campeão sub-16 nos 110 m com barreiras e conquistou o seu primeiro título sub-18 nos 200 m.
Nos 400 m com barreiras, Amanda Miranda (Geração Atletismo Cianorte-PR) ganhou sua segunda medalha de ouro na competição – ela havia conquistado também os 400 m rasos. Amanda fez 1:00.64, seguida por Pietra Campbell Simões (Praia Clube/Exército/Futel-MG), com 1:02.67, e Nykolli Alves da Silva Rangel (AECD-Macaé-RJ), com 1:13.12. “Eu vim do Pan de Porto Rico, estava cansada, mas a gente sobe a régua e passa a querer mais – o tempo poderia ser melhor, mas estou feliz com o bicampeonato sub-18 nas barreiras”, afirmou Amanda que agora vai ao Mundial Escolar Sub-18, no Rio de Janeiro, de 19 a 27.
Vinícius de Brito (Acarisul-SC) também somou duplo ouro, nos 110 m com barreiras e nos 400 m com barreiras, que venceu com 52.99 neste domingo (13/8). Victor Elias Chaves dos Santos (Orcampi-SP) ficou com a medalha de prata (53.19) e Lucas de Almeida Rosa (Corville-SC) com a de bronze (54.07).
“Estou bem feliz por ter corrido bem e conseguir cumprir a estratégia do meu treinador de segurar até os 200 m e passar a barreira limpo. Fiz uma boa prova e estou bem confiante para compor a seleção no Ibero-Americano – sou o primeiro no ranking dos 400 m com barreiras e ganhei a prova aqui”, afirma Vinícius.
O barreirista refere-se ao critério de qualificação fixados pela Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt). Serão chamados 20 atletas mais bem colocados no Ranking Ibero-Americano, no máximo dois por prova individual. Será considerado o período de 1 de janeiro a 13 de agosto e o ranking será extraído da World Athletics, com um filtro de dois representantes por país. A primeira ou a segunda colocação no Brasileiro Sub-18 também é pré-requisito para a convocação ao Ibero que será em Lima, no Peru, 15 a 17 de setembro.
Nos 800 m, Luíse Rosa Braga (CASO-DF) que já havia ganho os 1.500 m, conquistou o seu segundo ouro, com 2:21.43. Camilla de Campos (Atletismo Taubaté-SP) ficou com a prata (2:22.15) e Juliany Francisca da Costa (Geração Atletismo Cianorte-PR) com o bronze (2:23.30).
Vinícius Moraes Costa (ABDA Atletismo-SP), que também foi o campeão dos 1.500 m, venceu os 800 m com 1:53.67. Carlos Domingos (AD Centro Olímpico-SP) levou a prata (1:54.57) e Wesley Santos Cavalcante (Clã Delfos-MG) o bronze (1:54.81).
DUPLO OURO TAMBÉM NA SEXTA ETAPA – No salto triplo feminino, a última prova a terminar, Maria Eduarda de Oliveira (Barra Bonita-SP) venceu com 12,46 m para também ganhar a sua segunda medalha de ouro na competição. Ela venceu também o salto em altura. Ana Beatriz Corrassini (Instituto Foz-PR) ficou com a medalha de prata no triplo (12,05 m) e Maria Clara Vieira de Oliveira (Instituto Ideal Brasil-RJ) com a de bronze (11,74 m).
Marcha tem vitória do estreante João Henrique Bertoldi no calor de Aracaju

Um estreante em competições nacionais João Henrique Bertoldi (AADA-SC) roubou a cena na disputa dos 10.000 m da marcha atlética na manhã deste domingo (13/8), no Campeonato Brasileiro Interclubes Loterias Caixa Sub-18 de Atletismo, na pista da Universidade Tiradentes (Unit), em Aracaju, Sergipe. João venceu com 53:45.45 e a prata foi conquistada por Davi Gabriel Bastos da Silva (Estação Conhecimento Serra-ES), com 55:13.67, e o bronze por João Victor de Souza (CASO-DF), com 56:55.52.
João Henrique, de 16 anos, treina em Ascurra, Santa Catarina, com um clima mais ameno do que encontrou em Aracaju e, por isso, foi impossível correr abaixo de 49:00 como queria. O clima não ajudou, mas comemorou muito o seu primeiro título brasileiro e nos 10.000 m da marcha atlética em sua estreia na distância.
João é de Apiuna, mas sem apoio da cidade foi treinar em Ascurra, cidade vizinha com o professor Brian William Schmoezel, um ex-marchador e professor de Educação Física. “Foi depois de um acompanhamento psicológico e para evitar um quadro de depressão que fui chamado pela escola e convidei o João para treinar, primeiro na corrida e depois na marcha. Ele ganhou o Estadual nos 5.000 m marcha atlética e se animou. Tem o sonho de ser atleta na seleção brasileira”, conta o treinador.
João mostra no celular a sua foto com o marchador Matheus Correa, atleta olímpico, de Blumenau, e diz que recebe mensagens de incentivo de marchadores experientes. “O meu sonho é estar na seleção”, confirma, mostrando a foto da bandeira do Brasil, dos aros olímpicos e com Matheus Correa.
Davi Gabriel Bastos da Silva, de 15 anos, disse que começou na marcha “brincando de marchar na praia”. O treinador Diogo Mello de Rosa viu e convidou para treinar. Foi o seu primeiro título brasileiro. “Até os sete quilômetros eu estava bem, mas nos últimos três o calor pesou e eu pensava faltam só três e daí era fazer 1.000 a 1.000 metros. Pensei no meu treinador e na minha mãe.”
João Sena observou que o bronze de João Victor, que tem 15 anos e ainda é atleta da categoria sub-16, de Paranoá (DF), foi o décimo pódio em Brasileiros Sub-18 conquistado pela CASO desde que Caio Bonfim ganhou ouro em 2007.
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