Revezamento 4×100 m pronto para os Jogos Sul-Americanos

 A equipe de revezamento masculino 4×100 m do Brasil disputa os Jogos Sul-Americanos de Assunção-2022, no Paraguai, mas de olho em manter a tradição do Brasil no futuro – o foco do trabalho são os Mundiais de Budapeste, Hungria, de 19 a 27 de agosto de 2023, e os Jogos Olímpicos de Paris-2024. No programa de competições dos Jogos Sul-Americanos, na pista do Centro do Comitê Olímpico Paraguaio na cidade de Luque, na Grande Assunção. Os 100 m têm semifinal no dia 13/10, quinta-feira, os 200 m no dia 14/10, sexta-feira, assim como o revezamento 4×100 m masculino. 

Treino antes do embarque para os Jogos Sul-Americanos
(Divulgação/CBAt)

Os convocados para o revezamento masculino para os Jogos Sul-Americanos são Rodrigo do Nascimento (CT Maranhão-MA), que também disputará os 100 m, assim como Felipe Bardi (SESI-SP). Erik Cardoso (SESI-SP) integra o grupo para o revezamento. Lucas Rodrigues (ICB-RJ) e Lucas Vilar (SESI-SP) participam ainda dos 200 m. Os atletas de São Paulo treinaram juntos no Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa e falaram da expectativa de título na competição. O embarque dos velocistas está programado para esta terça (11/10).

O revezamento está entrosado – treinou ao longo de algumas semanas – e Rodrigo Nascimento, o mais experiente, recebeu o ‘posto’ de capitão da equipe. O treinador é Darci Ferreira e ele garante que o ‘respeito’ entre todos é a base do relacionamento na equipe. “São muitas as particularidades técnicas dessa prova e eu entendo que eles estão conseguindo passar o bastão com muita segurança e assertividade. Acho que a gente pode esperar algo muito bom desse revezamento”, ressaltou Darci. 

O grupo se conhece – treinou para os Jogos Olímpicos de Tóquio – e o trabalho com o revezamento vem sendo feito pela Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) e o Comitê Olímpico do Brasil (COB) desde antes de 2019, quando o Brasil foi o campeão do Mundial de Revezamentos de Yokohama (JAP). “Essa equipe vem seguindo uma metodologia de passagem de bastão, de treinamento, que deu certo já. O grupo está cada vez mais entrosado e pode ser a base da seleção nacional, com grandes outros atletas que também podem entrar”, ressaltou Darci.

Rodrigo do Nascimento, de 28 anos, o mais experiente dentre os integrantes da equipe disse que a torcida pode esperar o “título” do Brasil. Rodrigo integrou a equipe campeã do Mundial de Yokohama-2019 (com Jorge Vides, Derick Souza e Paulo André Camilo, em 38.05), disputou os Jogos Olímpicos de Tóquio-2021 (com Felipe Bardi, Derick Souza e Paulo André o Brasil foi 12º, em 38.34) e o Mundial do Oregon, Estados Unidos, em julho (com Felipe Bardi, Derick Souza e Erik Cardoso o Brasil foi 7º, em 38.25).

“Estamos bem. Os meninos continuaram a temporada, eu parei um pouco para descansar e estou retornando agora. Estão em grande forma, acabaram de vir do Brasileiro Sub-23 correndo muito (Erik Cardoso e Lucas Vilar). O Bardi também teve o JUBs e correu muito. O pessoal está mostrando grande forma e estou entrando para agregar”, disse Rodrigo. O grupo vai pensar no título nos Jogos Sul-Americanos, mas também há o componente de que o foco está na preparação para a Olimpíada de Paris-2024. “Não sabemos ainda quem pode entrar no revezamento, mas já vamos ganhando experiência com quem está chegando, correndo competições importantes.”

Erik Cardoso tem 22 anos e já correu os 100 m em 10.01 (2.0), em setembro de 2021, a segunda melhor marca da história do Brasil, depois de Robson Caetano, que tem 10.00, de 1988. Integrou o revezamento 4×100 m no Mundial do Oregon, em julho. “Acho que todos estão bem preparados como mostram os últimos resultados”, disse Erik, que observa que o foco está na continuidade do trabalho do Brasil com o revezamento e no futuro. “A gente vai passar por esses Sul-Americanos com o objetivo de fazer um bom resultado com a medalha de ouro, mas já focando nos próximos passos, o Mundial e a Olimpíada. Atletas entram e saem, é normal, mas é continuidade na preparação para chegar bem às próximas competições internacionais.”

Felipe Bardi, de 23 anos, correu 10:00 nos 100 m no JUBS, em setembro, mas com vento acima do permitido (2.8 m/s). Disse que o “time está treinando bem e o revezamento encaixado”. “É a base do Mundial do Oregon e a gente espera fazer uma boa marca, já pensando no ano que vem, no Mundial de Budapeste, e em Paris também – seria ideal já assegurarmos a vaga para o Brasil. Tem de pensar à frente e uma boa marca nos Jogos Sul-Americanos ajuda para 2023.” Felipe tem corrido a segunda perna, na reta oposta, e disse que se sente confortável. “Pelo meu estilo de corrida me sinto bem.”

Lucas Vilar, de 21 anos, também tem expectativa alta em relação ao revezamento. “A gente vem treinando com esse grupo desde os Jogos Olímpicos e o Mundial e estamos bem preparados para um excelente resultado, sempre pensando no ouro”, disse Lucas que também correrá os 200 m por seu recorde pessoal. “Eu estou saindo de um 400 m e a minha última prova do ano vai ser os 200 m.” Lucas concorda que o Mundial de 2023 e a Olimpíada em 2024 devem ser os focos do revezamento brasileiro. “É um grupo excelente de corredores de 100 m e outros que podem vir também. Acredito que vai ser um bom revezamento.”

O Brasil terá um time forte de velocistas no masculino. A expectativa do treinador Darci Ferreira é de que tanto nos 100 m, como nos 200 m e no revezamento 4×100 m o grupo vá para Assunção buscar as melhores marcas da vida.

Para os 100 m o Brasil terá em Luque Rodrigo Nascimento – que correu 10.04 no Troféu Brasil – e Felipe Bardi – que fez 10.00 nos Jogos Brasileiros Universitários (JUBs), em Brasília. “São dois grandes atletas, estou otimista para essa competição, a última do calendário internacional, fechando a temporada, e acho que os brasileiros estão entendendo que é possível correr abaixo dos 10 segundos.”

Já para os 200 m o Brasil estará representado por dois atletas jovens, ‘os Lucas’, nascidos em 2001 – Lucas Vilar e Lucas Rodrigues. “Vejo ambos com potencial magnífico. Estive com o Lucas, atleta do Renan Valdiero, que tem feito excelente trabalho, no Brasileiro Sub-23.” Também o jovem Renan Gallina, de 18 anos, que correu 20.12 no Brasileiro e no Sul-Americano Sub-23, entrou para essa elite dos 200 m. “O Renan ajudou a provar que é possível fazer grandes marcas. O Lucas Vilar e o Rodrigues conseguiram enxergar isso e ambos podem melhorar suas marcas pessoais nos 200 m.”

A delegação brasileira de atletismo viaja a partir desta segunda-feira (10/10) e até a quarta-feira (13/10) com 58 atletas (27 no feminino e 31 no masculino). O torneio de atletismo terá quatro dias, de quarta (12/10) a sábado (15/10).

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