O Dia da Consciência Negra é uma reverência a muitos atletas brasileiroS

O Dia Nacional da Consciência Negra é celebrado, no Brasil, no dia 20 de novembro. Concebido em 1971, foi formalizado nacionalmente em 2003, como uma efeméride no calendário, até ser instituído como data comemorativa pela Lei nº 12.519, de 10 de novembro de 2011.

Nelson, João e Adhemar, ícones do salto triplo
(Arte CBAt)

O racismo, infelizmente, ainda está ativo, com muitas denúncias e inquéritos, como manda a legislação que pune como crime a descriminação racial. Mas antes de mais nada precisamos considerar a força dos negros do Brasil. O que é o mais importante, na verdade.

O que falar de Adhemar Ferreira da Silva, o bicampeão olímpico do salto triplo de Helsique-1952 e Melbourne-1956! Gênio da raça e que até hoje é reverenciado no mundo todo pelas suas condições físicas, inteligência, versatilidade que foi de ator a diplomata.

Aliás no salto triplo temos outros campeões pretos como os medalhistas olímpicos Nelson Prudêncio e João Carlos de Oliveira, o João do Pulo. Eles marcaram uma geração vitoriosa, que prosseguiu depois com Jadel Gregório, recordista sul-americano com 17,90 m (0.4), desde 2007.

Os negros das Américas sempre encontraram uma forma de superar as adversidades. No Brasil e no mundo por meio do esporte e da música.

Hoje, 20 de novembro, dia da morte de Zumbi, dos Palmares, que, se não fosse domingo, seria feriado em várias cidades do País. Um bom dia para reverenciar grandes nomes do esporte nacional, de origem africana.

Em época de Copa do Mundo de Futebol, que começa neste domingo, no Catar, é inescapável não lembrar de Pelé, o rei do futebol, assim como dos medalhistas olímpicos brasileiros do atletismo como Adhemar, Prudêncio, João do Pulo, José Telles da Conceição, Robson Caetano, Arnaldo de Oliveira, Claudinei Quirino, Edson Luciano Ribeiro, André Domingos, José Carlos Moreira (Codó), Sandro Viana, Alison dos Santos, Lucimar Moura e Rosângela Santos.

Muitos de destacaram também em Mundiais Indoor, Outdoor e de revezamentos, ou em Jogos Pan-Americanos. Muitos marcaram presença pelo pionerismo. Um exemplo é Melânia Luz, a primeira negra brasileira a integrar uma seleção olímpica nos Jogos de Londres-1948, como velocista. Ela recebeu o título de Emérita da Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt), concedido pela Assembleia Extraordinária da entidade, em 2020, “in memorian”, num reconhecimento importantíssimo de sua participação no esporte, quebrando barreiras.

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