Nova Déli 2025: acreana Jerusa Geber conquista o tetra nos 100m e alcança marca histórica

O guia Gabriel Garcia e Jerusa Geber, no Mundial de atletismo em Nova Déli, na Índia | Foto: Alessandra Cabral/CPB

A velocista acreana Jerusa Geber conquistou o seu tetracampeonato nos 100m T11 (deficiência visual) na manhã desta quarta-feira, 1º, pelo Mundial de atletismo em Nova Déli, na Índia. De quebra, ela chegou à marca de maior medalhista do país na história da competição. O gaúcho Jean Silva, estreante em Mundiais, também conquistou uma medalha no dia ao ficar em terceiro lugar nos 5.000m T13 (deficiência visual).

Com mais estes pódios, o Brasil se manteve na ponta do quadro geral de medalhas e chegou a 30 medalhas no total. Agora são oito ouros, 15 pratas e sete bronzes dos brasileiros em Nova Déli.

Jerusa venceu os 100m com o tempo de 11s81 e levou seu quarto ouro na prova após triunfar também em Kobe 2024, Paris 2023 e Dubai 2019. A atleta, que nasceu totalmente cega, ficou a um centésimo do seu atual recorde mundial da disputa – 11s80, feitos nos Jogos de Paris 2024.

A chinesa Liu Yiming ficou com a prata, com 12s11, e a espanhola Alba Falagan foi a medalhista de bronze, com 12s21.

Além disso, a velocista acreana, que já era a atleta da atual Seleção Brasileira que conta com mais pódios em Mundiais da modalidade, chegou a 12 medalhas na história da competição, igualando a marca da mineira Terezinha Guilhermina.

“Essa prova não é minha, é nossa, do Brasil. A China está dando trabalho, mas, mais uma vez, não deu para eles. O primeiro objetivo era o tetracampeonato. E vamos partir para o próximo, que é conquistar mais uma medalha e sair do mundial como a brasileira com mais medalhas na competição. […] Quase que deu recorde mundial. Corrigiram um pouco para cima. A gente nunca sabe quando o recorde mundial vai vir, ainda mais nos 100m, que é uma prova tão rápida. O que a gente consegue ter certeza é que está bem para a prova e que vai conseguir dar o melhor”, afirmou Jerusa, que ainda corre a prova dos 200m em Nova Déli e pode se tornar isoladamente a maior medalhista do país em Mundiais.

Em Kobe 2024, Jerusa venceu nos 100m e 200m T11, assim como em Paris 2023; Em Dubai 2019, ela subiu no lugar mais alto do pódio nos 100m T11. Antes disso, ela conquistou três medalhas de prata em Doha 2015 (100m) e em Lyon 2013 (100m e 200m). Os primeiros pódios vieram em Christchurch 2011, na Nova Zelândia, com a prata nos 100m e 200m, além de um ouro no revezamento 4x100m.

Estreante bronzeado

Outro brasileiro envolvido em uma final nesta manhã, o gaúcho Jean Oliveira, um dos estreantes do Brasil em Mundiais, conquistou a medalha de bronze na prova dos 5.000m T13 (deficiência visual).

O fundista de Cerro Largo (RS) correu a disputa em 15min22s68 e ficou atrás do argelino Abdelhadi Boudra, prata com 15min12s12, e de Aleksandr Kostin, que compete pelos Atletas Paralímpicos Neutros, com 15min08s97.

Mais cedo, o paulista Thomaz Ruan se classificou para a final dos 400m T47 (deficiência nos membros superiores) com o sétimo melhor tempo das eliminatórias. Fez 50s18. A prova valendo medalha será às 9h40 (de Brasília) desta quinta-feira, 2.

Patrocínio
As Loterias Caixa, a Caixa, a Braskem e a Asics são as patrocinadoras oficiais do atletismo.

Programa Loterias Caixa Atletas de Alto Nível
Os atletas Jerusa Geber, Thomaz Ruan e Jean Oliveira integram o Programa Loterias Caixa Atletas de Alto Nível, programa de patrocínio individual da Loterias Caixa e da Caixa que beneficia 148 atletas.

Time São Paulo
A atleta Jerusa Geber integra o Time São Paulo, parceria entre o CPB e a Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência de São Paulo, que beneficia 154 atletas.