Atleta incorreu numa punição que pode chegar aos quatro anos de suspensão
Kibiwott Kandie, ex-recordista mundial da meia maratona, rejeitou ser submetido a um controle antidopagem e foi suspenso pela Unidade de Integridade do Atletismo (UIA), que o acusa de «evitar, recusar ou não se submeter à coleta de amostras». O atleta queniano, de 28 anos, incorre numa pena que pode chegar aos quatro anos de punição.

O maratonista chegou a deter a melhor marca do mundo na meia maratona (57.32 minutos), alcançada em Valência, no ano de 2020. Entretanto foi ultrapassado pelo ugandês Jacob Kiplimo (57.31 minutos, em 2021, em Lisboa, e 56.42 minutos, em 2025, em Barcelona) e pelo etíope Yomif Kejelcha (57.30 minutos, em 2024, em Valência).
O caso de Kibiwott Kandie é apenas mais um de um rol extenso de suspensões de atletas quenianos por parte da UIA, que englobam o antigo recordista mundial dos 600 metros em pista coberta, Michael Saruni, e Rhonex Kipruto, recordista internacional nos 10 quilómetros em estrada.
Saruni foi suspenso por quatro anos por ter pedido a uma pessoa parecida com ele que se submetesse a um controlo antidopagem durante as provas seletivas do Quénia para o Campeonato Mundial e para os Jogos da Commonwealth, em Nairobi, em 2022.
Kandie também ganhou uma medalha de prata mundial na meia maratona no mesmo ano em Gdynia, Polónia, derrotado por Jacob Kiplimo, a quem derrotou em Valência para estabelecer o recorde mundial. O atleta agora suspenso tem-se dedicado mais às maratonas nos últimos dois anos, tendo 2h04m48s como recorde pessoal em 2023, em Valência. Na época passada, ele competiu na Maratona de Berlim e terminou em 13º lugar com 2h06m46s
Quanto a Kipruto encontra-se suspenso até maio de 2029 depois do tribunal disciplinar da UIA ter encontrado «irregularidades no seu passaporte biológico resultantes de dopagem.