Brasil é campeão sul-americano sub18 por pontos e no quadro de medalhas

O Atletismo Brasil obteve 343 pontos e 40 medalhas (11 de ouro, 16 de prata e 13 de bronze) em três dias de competições, para manter a hegemonia continental de títulos

Foram 12 os países presentes no XXVII Campeonato Sul-Americano Sub-18 de Atletismo, em San Luis (Argentina), na categoria que é a porta de entrada para as competições internacionais do atletismo mundial: Brasil, Argentina, Chile, Equador, Peru, Colômbia, Venezuela, Paraguai, Uruguai, Panamá, Bolívia e Guatemala, por ordem de qualificação. 

O Brasil levou 67 atletas (35 homens e 32 mulheres) e terminou em primeiro lugar com 343 pontos (183 no masculino e 160 no feminino). A Argentina, que competiu em casa, foi vice-campeã com 200 pontos (108 e 92) e o Chile o terceiro colocado com 179 (101 e 78).

No quadro de medalhas o Brasil somou 40 (11 de ouro, 16 de prata e 13 de bronze), o dobro do Equador, o segundo colocado em número de medalhas com 20 (9 de ouro, 5 de prata e 6 de bronze). A Argentina somou 19 medalhas (6 de ouro, 5 de prata e 8 de bronze) e ficou com a terceira colocação.

PONTUAÇÃO E MEDALHAS

O Brasil protagonizou bons momentos na competição, realizada de sexta-feira a domingo (6 a 8/12), com destaque para os 11 medalhistas de ouro.

O rei e a rainha da velocidade são brasileiros. Nos 100 m as vitórias foram de Gabriel Souza Tibúrcio (AAARP-SP), de 17 anos (10.90, -2.3 m/s) e Hakelly de Souza Maximiano da Silva (AECD – Associação Esportiva Cidade e Dignidade-RJ), de 16 anos (11.95, -2.7). Ainda na velocidade, veio outro ouro no revezamento 4×100 m masculino, com Tiago Guiotti Bomfim, Jean Augusto da Silva Castro, Diogo Kauã Batista Gomes e Gabriel Souza Tiburcio (41.60).

Larissa Schon de Morais (AABB Atletismo Cascavel-PR), de 15 anos, deu show de talento nos 400 m com barreiras, com medalha de ouro e sua melhor marca pessoal: 1:01.06, na primeira convocação para uma seleção brasileira não escolar.

E depois a barreirista ainda voltou a pista para fechar pelo Brasil e ganhar a última prova do programa, o revezamento 8×300 m misto, disputa que provocou grande vibração dos demais atletas na arquibancada. O ouro teve João Arthur Maranhão, Hemily Santos, Alan Pierre da Silva, Luana Castro, Wilton Souza Júnior, Leticia Lopes, Fernando de Sá Ferreira e Larissa Schon de Morais (5.03.32).

No arremesso do peso, Alessandro Borges Soares (Nipo Brasileira SMLER Araçatuba-SP), de 17 anos, confirmou o seu favoritismo ao ganhar o ouro com 19,70 m. Ainda levou a medalha de prata no lançamento do disco (50,95 m). Também no campo, Sara Custódio de Almeida (INCAS Botucatu-Instituto Cultural Atílio Suman-SP) levou o ouro no lançamento do dardo, com 15,96 m.

Nos saltos horizontais, o Brasil sofreu com o vento a favor – todas as provas tiveram vento acima do limite permitido de 2,1 m/s. Viviany Almeida de Lima (Associação Atlética Russanas-CE), de 15 anos, uma das revelações do ano dentre os jovens talentos, venceu o salto em distância (6,09 m, 2.9) e o salto triplo (12,62 m, 3.5). Kauan da Silva de Vicente (AA do Vale do Braço do Norte-SC) conquistou o ouro no salto em distância (7,39 m, 2.5) e Guilherme da Silva Izidoro (Instituto de Atletismo de Foz do Iguaçu-PR) no salto triplo (15,96 m, 2,9). 

O Sul-Americano sofreu alteração de data no calendário e os atletas estenderam seus períodos competitivos e de treinamento. “Na volta, vou ficar alguns dias de férias, mas logo retornar aos treinamentos e começar a base para 2025. O Brasileiro Sub-23 já é bem no começo do ano e vou estrear na categoria. A gente espera muita coisa boa por aí”, comentou Alessandro Borges Soares, que fechou uma excelente temporada, como campeão mundial escolar no Bahrein, líder do Ranking Sul-Americano, quarto no Ranking Mundial e recordista brasileiro sub-18 no peso (20,32 m).

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