Eduardo de Deus passa às semifinais do 110 metros com barreiras nos Jogos Olímpicos de Paris-2024

Barreirista de 28 anos superou a ansiedade e volta ao Stade de France, na quarta-feira (7/8), em busca de um lugar na final; quatro brasileiros continuam na competição e vão disputar a repescagem, a partir desta segunda-feira (5/8)

Eduardo Rodrigues de Deus (Praia Clube-Exército-Futel-MG) se classificou para semifinal dos 110 metros com barreiras dos Jogos Olímpicos de Paris-2024, neste domingo (4/8), na abertura do 4º dia de competições do atletismo. O barreirista de 28 anos foi o terceiro da série eliminatória, com a marca de 13.37 (0.1), e passou diretamente para a próxima fase dos Jogos, que será na quarta-feira (7/8), às 14h05 (de Brasília).

“Combinei com o meu treinador de fazer uma prova bem tranquila na qualificação. Não era uma prova que tinha candidatos muito fortes, que pudessem me fazer mais força, então dei uma controlada. Estou muito feliz com o resultado e espero repetir a minha melhor marca, ou até melhorar, para passar para a final”, disse Eduardo, que é treinado por Katsuhico Nakaya.

Embora não seja sua estreia olímpica – disputou Tóquio-2020, mas parou nas eliminatórias -, Eduardo contou que dormiu apenas duas horas antes de ir para o Stade de France. “Eu estava muito ansioso, acho que fui dormir umas 3 horas da madrugada e acordei às 5 horas (a prova foi às 11h50, no horário de Paris). Como é a primeira qualificação, o primeiro tiro, a gente fica um pouco preocupado, um pouco ansioso para ver como vai ser. Mas agora quebrou o gelo. Vou descansar e vir preparado para a semifinal”, contou.

Rafael Pereira (AABLU-SC) também disputou as eliminatórias dos 110 m com barreiras. Ficou em 6º lugar na sua série, com 13.47 (1.1), melhor tempo do ano, e vai disputar a repescagem, às 5h50 de terça-feira (6/8). 

“Eu tive uns errinhos na segunda, na terceira e na nona barreiras, um desequilíbrio, uma batida, e os 110 metros é assim, o campeão olímpico na mesma situação que eu”, disse o brasileiro, que dividiu a série com o jamaicano Hansle Parchmente, ouro em Tóquio-2020. “O bom é que com esse novo programa, a gente tem mais uma oportunidade na repescagem, um tiro teoricamente mais fácil de passar. Então não tem nada perdido”. 

Mais três atletas brasileiras terão uma segunda chance na repescagem. Ana Carolina Azevedo e Lorraine Martins, do Pinheiros-SP, fizeram 23.37 (0.5) e 23.68 (0.0), respectivamente, nas eliminatórias dos 200 metros.

Ana sentiu um desconforto na posterior da coxa, mas disse que “espera estar muito bem amanhã” – a prova será nesta segunda (5/8), às 7h50. Já Lorraine não confirmou sua presença na repescagem, já que sentiu uma antiga lesão sofrida em 2023. 

Chayenne Pereira, dos 400 m com barreiras na repescagem (Wagner Carmo/CBAt)

Chayenne Pereira (Pinheiros-SP) está na repescagem, mas dos 400 metros com barreiras, e também volta a correr na segunda, às 5h50.

Nos 3.000 metros com obstáculos, Tatiane Raquel da Silva (Pinheiros-SP) conquistou sua melhor marca da temporada (9:33.36), mas não avançou para a final da prova. Foi a 10ª na sua bateria, que teve a recordista mundial Beatrice Chepkoech, do Quênia, como vencedora. 

“Em Tóquio eu já tinha corrido na terceira série com ela, então eu já consigo não me assustar tanto. Mas eu sabia que seria uma prova mais rápida e que, mesmo fazendo o meu melhor, poderia ficar de fora da final. Então a tática sempre foi fazer o melhor da vida, independente de quem estivesse na prova. Saiu o melhor da temporada, mas não saiu o melhor da vida”. 

Lucas Marcelino dos Santos (Pinheiros-SP) também se despediu dos Jogos na qualificação do salto em distância. Ele queimou as três tentativas e não registrou marca.